Como evitar liminares em negativas de cobertura: boas práticas para operadoras

Evitar liminares em negativas de cobertura

Olá! Sou Sabrina Barros e trabalho há anos com saúde suplementar. Durante esse tempo, já vi de tudo: decisões que poderiam ter sido evitadas, beneficiários insatisfeitos e, claro, liminares que geraram grandes dores de cabeça para operadoras de planos de saúde. Se tem uma coisa que aprendi, é que a judicialização pode ser minimizada – e muito! – quando adotamos boas práticas no dia a dia.

Liminares são um reflexo da insatisfação do beneficiário, muitas vezes porque ele se sentiu desamparado, não compreendeu os motivos da negativa ou teve dificuldades no atendimento. A boa notícia? Podemos mudar esse cenário!

Por que tantas liminares são concedidas?

O caminho até uma liminar costuma ser curto. Quando um beneficiário tem um procedimento negado e acredita que a operadora está sendo injusta, ele rapidamente busca um advogado. O juiz, por sua vez, pode conceder a liminar se entender que há urgência e que o direito do beneficiário está sendo violado. Entre os motivos mais comuns para a concessão de liminares, estão:

  • Falta de clareza na justificativa da negativa.
  • Descumprimento dos prazos regulamentares.
  • Negativas baseadas exclusivamente na ausência do procedimento no Rol da ANS, sem avaliar o caso individualmente.
  • Atendimento pouco transparente e impessoal.

O que acontece depois? Além do custo do processo e da necessidade de cumprir a decisão judicial, há um desgaste na relação com o beneficiário e um impacto na imagem da operadora. Mas calma! Existe um caminho para evitar esse desfecho.

evitar liminares em negativas de cobertura

Como evitar liminares em negativas de cobertura?

Aqui vão algumas dicas valiosas que podem fazer toda a diferença:

1. Comunique-se com clareza e empatia
Negar um procedimento nunca será uma boa notícia para o beneficiário, mas a forma como essa negativa é comunicada pode evitar conflitos. Justifique sempre de maneira clara e acessível, explicando o motivo com base no contrato e nas normas da ANS. Ah, e não se esqueça: a operadora deve fornecer essa justificativa por escrito quando solicitada.

2. Respeite os prazos da ANS
A RN 259 define prazos máximos para consultas, exames e procedimentos. Não respeitá-los pode ser o gatilho para uma liminar. Beneficiários que enfrentam atrasos tendem a recorrer à Justiça, e os juízes não costumam ver isso com bons olhos.

3. Humanize o atendimento
Ninguém gosta de se sentir apenas um número. Beneficiários que percebem empatia e disposição para resolver seus problemas são menos propensos a buscar soluções judiciais. Um atendimento atencioso, que realmente escuta e busca alternativas, pode evitar que uma insatisfação vire um processo.

4. Busque soluções antes da negativa definitiva
Nem sempre o pedido do beneficiário pode ser atendido, mas há formas de minimizar o impacto de uma negativa. Sempre que possível, ofereça alternativas: há um tratamento similar que seja coberto? Existe um procedimento substituto que pode ser sugerido? Pequenos esforços como esses podem evitar grandes problemas depois.

5. Monitore reclamações e aja proativamente
Reclamações na ANS e no Consumidor.gov.br são alertas valiosos. Se uma negativa está gerando muitas queixas, é hora de revisar os processos internos e entender se há falhas na comunicação ou na interpretação das regras. Resolver esses pontos antes que virem ações judiciais é sempre a melhor opção.

Conclusão

Evitar liminares não é apenas uma questão jurídica, mas também uma estratégia para fortalecer a relação entre operadoras e beneficiários. Quando há transparência, empatia e respeito às normas, o número de ações judiciais tende a cair – e, de quebra, a reputação da operadora só melhora.

Trabalhar na saúde suplementar exige mais do que seguir regulamentos: exige sensibilidade para entender que, no fim das contas, estamos lidando com algo essencial para a vida das pessoas. Quando operadoras conseguem equilibrar regras, bom senso e um atendimento humanizado, todo mundo sai ganhando.

E na sua experiência, quais estratégias têm funcionado para evitar liminares? Vamos conversar!

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